domingo, 1 de setembro de 2013

#c - THE BLING RING (The Bling Ring, 2013)

#c - THE BLING RING (The Bling Ring, 2013)

O mais novo filme de Sofia Coppola embarca novamente no mundo celebre de Hollywood, baseando-se na história veridica de um grupo de adolescentes que assaltavam casas de celebridades.
Todavia, acredito que o foco da diretora não era exatamente contar essa história. Assim como sua última produção (Somewhere, 2010), Sofia parece trazer a tona outra visão do mundo das celebridades de Hollywood. Neste caso, a superficialidade de caráter, que é constantemente demonstrada através de ações ambiguas, em que os personagens se mostram cientes de seus atos mas entorpecidos pelos artigos de alto luxo, sapatos Leboutins e bolsas Chanel. Assim como a postura dos personagens, a câmera fica perdida em sua postura: as vezes se porta como como vigilante, ou apenas observadora, de longe; outras, participando dos furtos, acompanhando os personagens, livre nas mãos de seu cinegrafista, caminhando para dentro da intimidade dos ricos e famosos.
Vejo aqui, na postura da diretora, uma vontade de jogar ao mundo o retrato de uma sociedade baseada na imagem, no imediato, no superficial; bem caracterizado pelas constantes fotografias de celular que acabam por se tornando parte do filme, e o uso de cenas de programas de fofocas como TMZ.
Finalizo usando a frase de um colega: "o filme é conseqüência mas também causa daquilo que evidência em cena".



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

#c - Entre o amor e a paixão (Take this Waltz, 2011)

#c - Entre o amor e a paixão (Take this Waltz, 2011)

 Este recente filme de Sarah Polley (escrito e dirigido) retrata o momento da vida de Margot (Michelle Willians) que, casada com Lou (Seth Rogen), conhece seu vizinho Daniel (Luke Kirby) e se apaixona por ele. 
O filme apresenta uma leve semelhança com os filmes de Sofia Coppola. Afirmo isso na paridade da estética: uso de uma trilha sonora marcante e contemporanea, na forma em que arte é apresentada seguindo tendencias atuais.
A obra se constrói na intimidade  de Margot, que por conseqüência, cria um estranhamento no espectador da obra, ja que essa tem que lidar com varios momentos de perturbação. Essa viaje no íntimo da personagem também cria o clímax do filme, fazendo da dúvida entre um amor consolidado, ou o furor de uma nova paixão.
Ao contrário dos padrões americanos, essa comédia romântica com pitadas de drama seria uma boa recomendação ao público feminino, já que existe um apelo às questões femininas, como questões sobre o corpo feminino, sedução entre um homem e mulher e a exploração de sua sexualidade e sua libertação. 
Aos homens, recomendo esse filme como uma forma de entender melhor o universo feminino, algo tão misterioso para nós quanto o próprio universo cosmico.

mais informações técnicas em: http://www.imdb.com/title/tt1592281/